19 abril, 2008

Insônia

Quando a idéia vem e a mente não pára
Não consigo dormir, algo me apavora
Sei lá vai ver é a modernidade que dá sintomas
De ser alguém sem querer
Destas palavras que não são minha mas de alguém

12 janeiro, 2008

A cura


Faz tempo e muito que não posto, mas há sempre um recomeço, uma saída para os nossos problemas. Segundo o terapeuta e protagonista do livro "A cura de Shopenhauer", o Dr. Julius Hertzfeld, é importante ser consciente do desafio que se tem na vida e compartilhar.

A história deste médico psiquiatra que descobre de repente que tem câncer e tem poucos meses de vida o leva a trabalhar ainda mais pelos seus pacientes. Ele revira prontuários e encontra casos passados em aberto e resolve revivê-los e solucioná-los. É, pois na terapia de grupo que Julius ensina e aprende as diferentes personalidades e modos de vida.

Mas aonde entra Shopenhauer? Nas discussões envolvendo psiquiatria e filosofia, que juntas, formam uma receita de sucesso para a narrativa. A morte é tema básico para o filósofo alemão Arthur e o autor baseia-se na sua literatura para compor este cenário e sustentar o livro. Não à toa, é best seller, este segundo livro do psiquiatra, Irvin D. Yalom, após o lançamento de "Quando Nietzsche chorou".

Não é auto-ajuda (para quem gosta), mas faz refletir e muito sobre a vida e principalmente a morte. Shopenhauer nos diz que nascemos para morrer e caminhamos para isso desde o primeiro dia. No entanto, nunca ninguém está preparado.

Para quem não gosta de autp-ajuda, melhor, não é mesmo e a filosofia banha o livro por inteiro.
Vale a pena ler e se deliciar. Será que Julius morre no final? Leia e saberás.

19 dezembro, 2006

Desaforismos

Os Desaforismos do jornalista Ivan Lessa são antigos, mas têm um cheiro recente que nos faz parar e ainda mais ficarmos indignados. É tamanha a morosidade com questões sociais tão be sabidas que as frases não perdem seu sentido, mesmo as lendo por centena de vezes.
Essas são apenas um tira gosto do livro “Gip Gip Nheco Nheco” (Desiderata), feito em conjunto com seu velho companheiro do “Pasquim”, Jaguar. Ele o ajudou a selecionar textos e desenhos para o livro, que chega agora às livrarias.

"Os pivetas na realidade, são apenas cobradores da taxa de imortalidade infantil"

"Semiótica é o analfabetismo do ricos".

"Todo homem tem o sagrado direito de ser imbecil por conta própria"

“O brasileiro é um povo com os pés no chão – e as mãos também”.

Ivan Lessa fez parte do grupo que colaborou e que, durante muito tempo, fez sucesso no jornal "O Pasquim". Carioca, filho de Orígines Lessa e Elsie Lessa, escreve valendo-se de um humor cheio de ironias. Auto-asilado na Inglaterra, segundo ele por ter-se desencantado com o Brasil, trabalha na BBC de Londres.

03 setembro, 2006

Aluga-se um namorado




Assisti hoje a peça "Aluga-se um namorado" no teatro do Centro Integrado de Cultura (CIC) em Florianópolis. A peça tem entre outros do elenco, o ator Eri johnson, protagonista do namorado alugado. Ele contagia a platéia do começo ao fim, quando a pedidos, faz suas famosas imitações: Romário, Nei La Torraca, Alexandre Frota...

A comédia conta a história de
Alex Schneider, um ator que leva a vida com muito humor, e um dia é contratado por Sara, integrante de uma família que leva a risca as tradições judaicas. Alex interpreta um namorado judeu e médico, pois Cris, o verdadeiro namorado de Sara, não é judeu.

O Texto é de James Scherman, adaptação de Flavio Marinho, direção de Carlos Magalhães. No elenco: Eri Johnson, Isabela Lobato, Gilberto Marmoros, Paulo Serra, Lugui Palhares e a atriz Gisele Novaes.

Se você curte teatro, vale a pena conferir. Amanhã é o último dia da apresentação em Santa Catarina. Em seguida, a turnê vai para João pessoa, Paraíba e e seguida para São Paulo. Os ingressos custam 40 reais, estudante paga meia.

20 agosto, 2006

Lendo Schopenhauer

Estou lendo A arte de escrever, do escritor e filósofo alemão Arthur Schopenhauer. Expondo sua contrariedade à filosofia hegeliana e seus escritos, ele tece um "manual" ao leitor. Critica profundamente o modelo literário que se difundiu na Europa, indicando a não leitura de muitos autores. Diz que é preciso não ler, a preferenciar o pensamento próprio. Isto, porque a leitura não se deve fazer de fora para dentro, mas do que se tem por primeiro pensado, para só então, podermos agregar aquilo que se venha a ler.

É fundamental à sabedoria do leitor, reonhecer frases bem contruídas, adaptadas de forma que não enleiem o conteúdo re digido num livro, e que por vezes são meras adaptações grosseiras de outros escritores. O plágio é tido por ele como uma espécie de crime que não devemos acordar, estupidamente como se vêem nos tantos escritores que nascem do dia para a noite.

Não findei sua leitura, mas tenho a sensação de ler algo de que me deixou surpresa, tanto pela forma repugnante do autor, quanto por seu conteúdo analítico. Um prato cheio para aqueles que se enveredam ao mundo literário.

29 julho, 2006

A Arte em São Paulo (ParteII)

O Museu da Língua Portuguesa foi o melhor passeio em São Paulo. O grande prédio, localizado no Bairro da Luz abriga um mundo diferente, que se torna uma viagem ao mundo das palavras.
Já num primeiro momento, quando assistimos uma apresentação em vídeo numa sala nos nos preparamos algo novo. Ao término desta, a tela se suspende e entramos num cenário de luzes, é a
Praça da Língua onde desenhos, vozes e declamações poéticas nos pegam pela curiosidade em meio ao escuro e nos levam ao mundo maravilhoso da literatura.















Ambiente totalmente poético. Ao término das declamações de várias personalidades da música e literatura com imagens e muitos efeitos especiais, nós que ali estávamos pudemos ainda nos deleitar ao chão com todos aqueles poemas. Simplesmente maravilhosos e distribuidos de tal forma que já nos fazia apaixonar num primeiro instante por este museu.















A viagem continua na
Grande Galeria, um grande corredor de mais de 100m em que vídeos e imagens passam simutaneamente constituindo temas como música, futebol e culinária. No mesmo espaço há uma linha do tempo em que mostra a trajetória da sociedade e sua língua materna. Monitores interativos também dão significados de palavras e citações de autores em vária línguas.


Na Exposição Temporária: Grande Sertão Veredas, sacos de terra do nordeste e varais com fios pendurados dão a ídéia da obra que completa 50 anos. Guimarães Rosa é homenagado sem dúvida pela composição do ambiente que lembra a aridez de um povo e as histórias de seus 7 principais personagens. Nesse espaço, até mesmo os sanitários possuem espelhos com fotografias específicas e que surpreendem pela ousadia, aliás todo o percurso!

Além do prédio ser um marco histório para a cidade paulista, quando construído pelos ingleses para levar o café ao porto de Santos, hoje ele continua a abrigar cultura essa que é das mais peculiares, a língua portuguesa. Vale a pena conferir O Museu da Língua Portuguesa, nem que seja essa a única visita que se tenha a oportunidade de fazer numa ida a cidade de São Paulo. Na verdade sou meio suspeita, pois como amadora incondicional das palavras, amo essa nossa língua-mãe.

O Museu fica na Praça da Luz, Estação da Luz. Está aberto de terça a domingo, das 10h-18h. A entrada de visitantes será permitida até às 17h e o ingresso custa 4reais, sendo meia-entrada para estudantes. Visite o
portal do Museu da Língua Portuguesa e faça uma pré-viagem.